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Entre Tejo e Sado

Por dentro dos dias e da vida

Por dentro dos dias e da vida

«Renascer» de Elvira Carvalho - Uma novela que nasce por dentro das memórias da Guerra Colonial

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. Renascer – vai ser apresentado no dia 19 de março, pelas 16 horas, na Cooperativa Cultural e Popular Barreirense

Conclui hoje a leitura do novo livro de Elvira Carvalho – Renascer. Uma novela, com uma escrita que nasce nas mãos de uma cronista que nos proporciona uma leitura fluída, que emociona no seu realismo, na simplicidade da linguagem e pela pureza da história.
 

Elvira Carvalho faz-nos mergulhar em momentos da história do nosso país, situações vividas por muitas famílias, a dor da ausência, o futuro adiado, a morte da juventude, as marcas psicológicas de uma guerra colonial que marcou gerações. Um drama emocional que marcou a vida de algumas gerações, nos anos 60 e 70 – a Guerra Colonial.

Um texto que permite sentir o pulsar quotidiano de relações socias das gentes das aldeias que partiam deixando para trás as incertezas e que, através da emigração procuravam dias melhores, ou pela migração interna, rumo à cidade grande – Lisboa - também em busca de melhores condições e dignidade de vida.



Uma história de amor e dor. Uma história de um país prisioneiro. Uma história que faz pensar e faz doer os nervos.
Elvira Carvalho escreve de forma dura e crua, como já o disse, sem rodriguinhos, na sua escrita vai desenrolando uma novela que, página a página, apetece chegar ao fim e descobrir como finda, afinal, para sentirmos que no fim quem vence é o amor.
Uma obra que nos proporciona uma leitura bilingue, pois podemos ler em português e castelhano.

Elvira Carvalho, como já o escrevi quando comentei o seu livro As cores do amor», é, sem dúvida, uma contadora de histórias, com uma beleza de quem escreve como quem fala, uma observadora da realidade que, pela escrita, relata o pulsar da vida.
Se no seu livro anterior, sentimos Portugal nos anos do PREC, neste viajamos pelas cicatrizes da guerra colonial.

Repito que, na verdade, a leitura dos seus livros é apaixonante, porque parece que estamos a ler com quem escuta uma conversa e ouve uma história de vida, de acontecimentos narrados na primeira pessoa, tal qual, como se fosse uma crónica, ou uma crónica-reportagem, um encontro entre a vida e a ficção, um jornalismo-literário. Um conto-novela.
«Renascer», é uma história bem estruturada cativante, são fragmentos de uma estória igual a muitas estórias, vivida neste país, que sente-se foi escrita com paixão e emoção à flor da pele. Volto a escrever que é gratificante ler porque na leitura sentimos a força da palavra com muito humanismo. Ali, em cada quadro está um instante de vida e uma sucessão de instante, através dos quais se cruzam muitas vidas e se escreve um país.

Da aldeia à cidade. Do individua ao colectivo. Um estória marcada no tempo, naquele ano mil novecentos e sessenta e oito…num mundo que descobria a lua, e nós teimávamos em manter uma guerra como fim anunciado.
Elvira de Carvalho que só tem a 4ª classe, mas, como costuma dizer, sempre gostou de escrever, dá-nos mais uma prenda que nasce, certamente, nas suas memórias.

Faz muito bem em continuar a escrever, a legar-nos estas lições de vida, uma sociologia de um tempo, escrita sem pretensões, mas, uma escrita onde se sente que está vivo o prazer de partilhar com um sentir puro que brota nas suas palavras grávidas de emoções.
Elvira Carvalho, nasceu em 3 de Setembro de 1947, na Azinheira Velha e vive no Barreiro. O seu novo livro – Renascer – vai ser apresentado no dia 19 de março, pelas 16 horas, na Cooperativa Cultural e Popular Barreirense. Obrigado!

António Sousa Pereira

Manuel Cabanas – Cidadão Honorário do Barreiro 120 anos do nascimento de um lutador pela Liberdade

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Manuel Cabanas, natural de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António, é um ícone da cultura ferroviária, da resistência anti-fascista, um homem que dedicou à sua vida à conquista da Liberdade e da Democracia, que por essa luta foi preso sete vezes, pelo regime de Salazar.

Hoje, dia 11 de Fevereiro, é data que assinala o 120º aniversário do nascimento, deste homem que recebeu a mais alta distinção do concelho do Barreiro - «Cidadão Honorário».

 

Manuel Cabanas, que sempre amou a sua terra natal, nunca esqueceu o seu Algarve, é lá, em Cacela, que descansa, sentindo ao seu redor as ondas do Atlântico, num lugar que mantém viva a sua presença e a sua cultura.

Manuel Cabanas, ferroviário, viveu a sua vida adulta no Barreiro, esta terra que ele sempre amou e manteve sempre dentro do seu coração.

Fundador do PS


Uma figura que é um ícone da cultura ferroviária e da resistência anti-fascista. Um homem que se inscreveu nas memórias do Barreiro como um exemplo de vida, de dignidade e humanismo, para muitas gerações, que com ele partilharam os dias de luta contra o silêncio e o medo, e, também de aprendizagem na Escola Alfredo da Silva, onde leccionou.

Manuel Cabanas esteve envolvido no MUNAF, no MUD, na Campanha de Norton de Matos, na Campanha de Humberto Delgado ( tendo sido inicialmente um apoiante de Arlindo Vicente).

O Mestre Cabanas viveu 40 anos sem passaporte, situação que o impedia de ir ao estrangeiro, e, por essa razão, não esteve presente na reunião, em 1973, que fundou o Partido Socialista.
“Não assistiu à criação do PS, mas foi considerado um fundador do PS, sendo o militante nº 55.

Manuel Cabanas foi socialista toda a vida, um socialista de esquerda, um socialista combatente, um socialista de combate solidário” – disse, numa sessão no Barreiro, Almeida Santos, Presidente da Assembleia da República e líder histórico do Partido Socialista.

 

Grã-Cruz da Ordem da Liberdade e Cidadão Honorário do Barreiro

 

Em 1983, também a Câmara Municipal do Barreiro decidiu homenageá-lo com o a distinção «Barreiro Reconhecido», na área das Artes e Letras.

Em 1985, Manuel Cabanas foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, no grau de comendador, pelo Presidente da República, General Ramalho Eanes.
Em 1991, foi agraciado pelo Presidente da República, Dr. Mário Soares, com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

Em 1991 foi condecorado com a Medalha de Honra do Distrito de Setúbal.

No ano de 1996, após a sua mrte, foi distinguido com o Galardão de Cidadão Honorário do Barreiro.

O ano do centenário do seu nascimento – 2002 - foi assinalado com um extenso programa promovido pela Câmara Municipal do Barreiro, com exposições e diversos eventos culturais.

Um homem receado por Salazar.

 

“Manuel Cabanas teve sempre ideais políticos, ele, era um produto do Barreiro, terra para onde veio viver com 20 anos. Foi um verdadeiro sindicalista, um homem receado por Salazar.

Aqui no Barreiro, Manuel Cabanas, assumiu a plenitude da sua consciência política, desenvolvendo uma actividade sindical com grande consciência e solidariedade” – afirmou Almeida Santos, numa sessão que decorreu no Barreiro, para prestar uma homenagem ao Mestre Cabanas, no 110º aniversário do seu nascimento.

“Manuel Cabanas esteve envolvido em todos os actos de rebeldia contra o regime da ditadura do Estado Novo”, disse Almeida Santos.

 

Um precursor na arte de ilustração. Um homem culto. Um autodidacta

Manuel Cabanas, muitos recordamos a trabalhar de forma apaixonada no Café Tico-Tico, na arte que cultivou ao longo da vida com ternura – a Xilogravura. Foi precursor na arte de ilustração. Um homem culto. Um autodidacta.

“Ele foi um artista, um homem de grande sensibilidade”, seu nome era elogiado e evocado, na Academia de Coimbra, como “o artista” – “o revolucionário”. 

“Ele era um sábio. Frequentou a Universidade das suas próprias leituras, tinha a 4ª classe, mas era um homem de uma cultura vastíssima, ele sabia de história, de filosofia, de religião, de cultura política.
Ele adquiriu uma cultura que era invulgar em qualquer licenciado, o que tornava o diálogo com ele encantador. Sua arte são verdadeiras obras primas.” – referiu Almeida Santos, quando o Mestre Manuel Cabanas, foi homenageado no seu 110º aniversário, ao recordar longas conversas que manteve com o Mestre Manuel Cabanas, em Monte Gordo.

Barreiro deve muito a este homem

 

Após o 25 de Abril Manuel Cabanas foi eleito pelo Partido Socialista, deputado na Assembleia Constituinte, mas, após essa data, no Barreiro, por vezes, foi maltratado - “chegaram a chamar-lhe fascista, ele que foi um lutador pela liberdade”, recordou Almeida Santos.
“O Barreiro deve muito a este homem, ele adorou o Barreiro e o amor também se paga”, disse.

 

Manuel Cabanas e Vicente Campinas dois amigos

 

Tive a honra de partilhar momentos da minha vida com o meu conterrâneo Manuel Cabanas, guardo dele muitas recordações e obras que me ofereceu com amizade e ternura.

Foi através dele que conheci, a obra e o homem, o nosso comum conterrâneo Vicente Campinas, comunista, exilado em Paris, com quem Manuel Cabanas manteve sempre uma grande amizade. Sou disso testemunha.

O Ilustre Cidadão Honorário do Barreiro, o Mestre Manuel Cabanas, nasceu a 11 de Fevereiro de 1902, faz hoje 120 anos. Morreu aos 93 anos, no dia 25 de Maio de 1995, no hospital de Faro.

Nesta data, aqui fica esta abraço e o OBRIGADO ao Mestre da Vida,  pelo seu exemplo de lutador, de criativo, de amante da Liberdade.

Ainda hoje recordo o eco daquela voz, que escutei no Teatro Cine, numa celebração do 5 de Outubro - Dia da República - a pedir um minuto de silêncio, em memória de Catarina Eufémia. Uma voz em luta pela Liberdade!

Nas costas do Ti’Manel, o GNR, vigilante, ficou impávido. Na sala cheia, a multidão ergueu-se num gesto único, em silêncio, que era, afinal, um grito: Viva a Liberdade!

 

António Sousa Pereira

 

Foto – Jornal do Algarve

Saboreando a ternura de todas as aprendizagens

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No dia de hoje, há treze anos atrás, andei a passear pelas areias da Praia do Baleal e saltitei entre as rochas junto à ermida.

Era o meu primeiro dia na situação de reformado. Fiz questão de estar ali naquele recanto junto ao Atlântico, onde um dia, li, com paixão, a mensagem de Fernando Pessoa. Cumpriu-se o mar. Falta cumprir-se Portugal.
É assim, um pouco, como as nossas vidas, há sempre algo por cumprir, mas, o belo é tentarmos viver com a vontade de tudo fazermos para nos cumprirmos. Nós e os outros. Nunca nos cumprimos sozinhos. O importante é viver preenchendo o tempo em plenitude. É isso cumprir!
 
Recordo hoje, aquela Ilha, onde falei, tantas vezes, com gaivotas e perdia-me a olhar os céus sorrindo. Voa. Voa. Voa, pensava, como se fosse o Fernão Capelo Gaivota.
Aquela Ilha onde enchia o caderninho de notas, projectos e sonhos. Ali, onde, um dia, com as ondas a beijar os pés, nasceu a ideia do jornal «Rostos».
 
Aquela Ilha da Ti’ Adriana que tinha um sorriso enorme, uns olhos lindos e cativantes, e sentada na muralha, beijava as ondas e as gaivotas deitavam-se nas suas mãos, marcadas pelos nervos do tempo e feitas de rugas da vida.
É verdade, faz hoje 13 anos. Que iniciei um tempo novo, esse que me permitiu sentir a energia do tempo, essa coisa simples, sempre a deslizar, que faz de nós tudo o que somos, respirando a vida.
O tempo é a unidade de tudo o que somos. Nele caímos. Erguemo-nos. Optamos. Escolhemos. Choramos. Rimos. Caminhamos. Sim, como diz o poeta, o caminho faz-se caminhado.
Estes anos afinal, que deviam ter sido de mera fruição, não foram anos fáceis. Foi a Troika. O Estado a levar-nos o sorriso. A humilhar a nossa dignidade.
Foi a pandemia. Os dias de confinamento. A ausência de calor humano. A saúde a quebrar o ritmo da vida. A solidão. A proximidade. Estivemos tão perto uns dos outros e tão distantes.
É tudo isto que nos faz sentir como viver é aprender a morrer. Recomeçando todos os dias.
 
Hoje aprendi o significado da expressão - Talitha Kum! Levanta-te!
É isso, disse para mim mesmo, nós, por vezes, nos nossos dias o que precisamos é de escutar esse apelo para mover a nossa vontade interior: Talitha Kum!
Hoje, 13 anos depois do começo da minha reforma, parece que escuto de novo essa expressão a tocar os meus neurónios – Talitha Kum!
 
E, talvez, sem me aperceber, foi esse som que escutei, muitas vezes nos meus nervos, sempre que ergui os olhos em sorrisos para escutar o meu coração ou beijar os olhos da vida- Talitha Kum!
Sim, talvez seja a idade que faz ter a consciência de sentir o peso do tempo a acumular-se nos ossos, ou acumular-se nos neurónios, saboreando a ternura de todas as aprendizagens. Respirando. Apenas respirando.
 
Hoje, pela manhã, junto ao contentor de lixo, um homem esgravatava. Em busca de si mesmo A história repete-se.
A fim da tarde, uma amiga, comentava comigo que o Núcleo do Re-food Barreiro deve ser neste momento aquele, em Portugal, que dá resposta a maior número de pessoas.
É vida.
Escrevo esta crónica, ao fim do dia…talvez apenas para respirar e sentir o som do universo.
É vida…
 
António Sousa Pereira

Transparências Das cidades de solidão ao novo ciclo…

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A economista Noreena Hertz, numa entrevista ao jornal «Expresso», fala do seu livro “O Século da Solidão», um livro onde analisa as implicações e as causas da solidão.

 

A entrevista abriu-me o apetite para ler o livro, até porque, nos dias de hoje, este é um tema de grande actualidade.

“Se quisermos falar  de solidão num sentido relevante no século XXI, precisamos de reconhecer que a solidão é tanto politica como pessoal, e os seus estímulos são tão tecnológicos e económicos como relacionados com as escolhas que fazemos enquanto indivíduos”, afirma Noreena Hertz.

A solidão como conceito que permite pensar em contextos e pretextos que visam motivar os cidadãos do fazer cidade e cidadania, do participar na discussão das cidades e na procura de soluções para o bem estar e qualidade de vida.

Um solidão que deixa marcas na forma de estar na vida quotidiana, essa que cria uma vida virtual, vivida nas redes sociais e marcada de ilusões, de ausência de afectos, e , por isso toca na saúde física e mental.

São esses os tempos que vivemos, o tempo que se faz e constrói com o nascer de cidades de solidão.

  

PSD a necessidade de se repensar profunda e estruturalmente

 

“A escolha inequívoca que os portugueses fizeram significa para o PSD a necessidade de se repensar profunda e estruturalmente. De questionar o papel que deve representar na sociedade portuguesa”, são palavras de Pedro Rodrigues ex-deputado social democrata.

Esta a onda que começa, e vai tornar-se em vaga e  vai crescer, porque o PSD está a ser pisado nos calcanhares pelo Iniciativa Liberal e pelo Chega.

Há no PSD que não se incomode com uma ligação-táctica ao Chega. Quanto ao IL, a ligação é banal.

Este assunto vai aquecer a vida politica interna do PSD, estes são os primeiros sinais da água a começar a borbulhar. O certo é que a temperatura vai aquecer nesse “questionar o papel que deve representar na sociedade portuguesa”.

O CDS-PP evaporou-se, segundo as palavras do ex-deputado do CDS- PP devido à “megalomania” de Francisco Rodrigues dos Santos que só tinha como objectivo ser deputado.

O PSD neste novo ciclo politico vai ter dificuldades em se afirmar como fiel da balança da direita em Portugal. Será que vai conseguir recuperar o espaço politico que perdeu para o IL e para o Chega?

 

Presidente da República foi despedido do cargo de árbitro

 

Por outro lado, Luis Filipe Menezes, sublinha que – “o Presidente da República foi despedido do cargo de árbitro do regime, neste momento, o país não precisa de um árbitro, mas sim de um vigilante do regime…”.

Pois, as maiorias absolutas são o que são, num país, onde o “estado é rei”.

Num país, como diz António Barreto, dia após dia, ano após ano, o estado se fortalece, em detrimento das instituições, como por exemplo as academias, as associações, os sindicatos, as empresas ou as religiões, e, também da imprensa.

É por isso, hoje, quando li as palavras de Manuel Carvalho que a democracia portuguesa é suficientemente madura para acreditar ma qualidade dos seus contrapoderes – a independência judicial, o poder moderador do Presidente da República ou o dever do escrutínio dos jornalistas, que acrescenta, ser incerta, o estado da oposição. Interroguei-me. Pensei apenas na vida vivida. E no direito de dar vida à palavra indignação. É vida.

Basta recordar os dias da indignação potenciada por Mário Soares. Ou aquela maioria que, de PEC em PEC, nos conduziu à troika.

 

Obviamente, demita-se!

 

E, neste dia dou comigo a deliciar-me a ler o texto de Boaventura de Sousa Santos – Obviamente, demita-se!.

Um mergulho pela história. A velha história da história da esquerda, que se digladia e a direita que cresce. O BE em tempo de reflexão.

 

Presidente de Câmara e Vereador vão para a prisão

 

Ainda, o registo que o Tribunal de Leiria condenou o ex-presidente da Câmara de Pedrogão Grande, Valdemar Alves e o o ex-vereador Bruno Gomes a sete anos e a seis anos de prisão efectiva, relativamente ao processo de reconstrução de habitações na sequência dos incêndios de Junho de 2017.

 

Violência Doméstica

 

E, para fechar, a noticia que no ano de 2021 a violência doméstica registou 23 mortes – 16 mulheres, duas crianças e cinco homens.

Houve uma redução comparativamente a 2020, ano em que foram registadas 32 mortes.   

 

António Sousa Pereira

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