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Entre Tejo e Sado

Por dentro dos dias e da vida

Por dentro dos dias e da vida

Um saco de uma jovem com 31 anos

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Quando chega o fim do dia, por vezes, como hoje, procuro descansar, escutando música e escrevendo, assim, por dentro dos dias.

Hoje pela manhã, lá estive no Mercado Municipal e fiquei deliciado com os trabalhos produzidos pelos alunos do Clube de Azulejos da Escola Álvaro Velho. Lindas peças, muito bem enquadradas naquele espaço, pela sensibilidade artística da minha amiga Isana.
O que foi colocado é um começo, outros vão seguir-se, dando um colorido e criando um espaço de arte, único, que liga a escola à comunidade.
Uma boa iniciativa. Aqui registo.

Quando regressava a casa, reparei que a zona ajardinada, na Praceta José Domingos dos Santos, está a carecer de um olhar atento com urgência. É uma pena que aquele canteiro, sempre verdejante se perca, pelo que me apercebi, talvez, devido a uma avaria no sistema de rega. Antes que tudo seque e nada se aproveite, de facto, seria bom dar uma atenção. Aquilo estava bonito. Não deixem degradar.

Começo cada vez mais a acreditar que são os tempos de confrontos que nos motivam para agir, para optar, para fazer escolhas. Nós, todos nós, afinal, somos também feitos no e pelo tempo que vivemos.
Como eu, e, na verdade, muitos cantámos em tempos idos – “Vemos, ouvimos e lemos. Não podemos ignorar”. É isso, nós, acabamos por fazer escolhas por aquilo que vemos, ouvimos e lemos.
E neste, ver, ouvir e ler, nos tempos actuais existem dois mundos – o mundo real, aquele feito de pessoas, e, o «novo mundo», virtual, onde muitos, ou alguns, imaginam que tudo se decide, porque transformam a realidade à dimensão dessa visão virtual da vida.
Hoje, de facto há seres humanos e há os «humanofaces».
Os seres humanos andam por aí, vivem o seu tempo.
Outros, os «humano faces», principalmente aqueles que se consideram «modelos de vida» e «exemplos únicos», de «superioridade», esses não comunicam - insinuam, usam linguagem estilo «lança chamas».
Por vezes, parece que só lhes falta dizer : “Matem-nos” ou «Crucifiquem-nos». São essas palavras, que, naquilo que se costuma dizer ser a «interpretação hermenêutica», que, na verdade, se sente o discurso que está por trás do dito, o não dito. Ainda bem que vivemos em democracia. O tal caldo onde as diferenças devem confrontar-se e saber coexistir.

É que, na verdade, não se discutem ideias, critica-se, critica-se, fala-se, fala-se…e, quem ousar não concordar, com as ditas criticas, esse, então, não é independente, e está no lado errado, porque, afinal nestes tempos de confrontos – ou se está de um lado ou de outro.
São estes pensamentos que me ocorrem ao fim da tarde, escutando uma suave melodia e sentindo que gosto de viver este tempo, sorrindo e sonhando.
Ser humano sim, no mundo real, isso sim, ser «humano face» dispenso, até, porque esse, é, cada vez mais, um mundo do estilo «big brother» e, isso, não gosto, nunca gostei de viver nessa dimensão, gosto de ver rostos e partilhar rostos.

Gosto da vida humanizada. Os «humano faces» são demasiado perfeitos. É por isso que não gosto de alimentar discussões nesse mundo, porque aí, não se discute, vive-se a cultura dos phones – cada um só se escuta a si próprio e a sua ultra verdade – politica, religiosa, cultural, antropológica, filosófica. Eu gosto de conversar, dialogar, viver democracia…errando, corrigindo, caminhando, sempre caminhando.
Sempre gostei de conversar. Trocar ideias. É na troca de ideias que se aprende e apreende o mundo. E, os «humano faces», aqueles que cultivam esse mundo como centro da vida de uma comunidade, de facto, são imbatíveis.
Sou um acérrimo vivenciador da POLIS e ser vivenciador da POLIS, é saber que tudo o que se faz na POLIS - é politica. Eu vivo a POLIS. Mas gosto de viver em diálogo, na valorização das diferenças. Chegou-me ter vivido, muitos anos, mesmo muitos anos, com silêncio, com palavras proibidas, por serem politica, e, até, obrigado a ver o mundo a preto e branco. Amo a Liberdade.

O Lavradio, hoje, ficou um pouco mais bonito, ali, no Mercado Municipal. Gostei. A vida é assim, constrói-se aqui, está por arranjar ali, mas o mundo mexe. Será sempre assim…

António Sousa Pereira

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